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Conheça os benefícios dos alimentos fermentados


Iogurte caseiro pode trazer benefícios
Alimentos fermentados como iogurte, kimchi, chucrute e kombucha estão há muito tempo na dieta básica em muitas partes do mundo. Agora, os cientistas estão descobrindo que os alimentos fermentados podem ter efeitos intrigantes em nosso intestino. Comer esses alimentos pode alterar a composição das trilhões de bactérias, vírus e fungos que habitam nosso trato intestinal, conhecidos como microbioma intestinal. Eles também podem levar a níveis mais baixos de inflamação em todo o corpo, que os cientistas associam cada vez mais a uma série de doenças ligadas ao envelhecimento. As informações são do The New York Times.

As últimas descobertas vêm de um estudo publicado na revista Cell, realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA. Eles queriam ver que impacto os alimentos fermentados poderiam ter no intestino e no sistema imunológico, e como isso poderia se comparar a uma dieta relativamente saudável e rica em fibra, cheia de frutas, vegetais, feijão e grãos integrais.

Para o estudo, os pesquisadores recrutaram 36 adultos saudáveis e os dividiram aleatoriamente em grupos. Um deles foi designado para aumentar o consumo de vegetais ricos em fibras, enquanto um segundo foi instruído a comer muitos alimentos fermentados, incluindo iogurte, chucrute, kefir, kombucha e kimchi.

Os participantes seguiram as dietas por dez semanas, enquanto os pesquisadores rastreavam marcadores de inflamação em seu sangue e procuravam por mudanças em seus microbiomas intestinais. Ao final do estudo, o primeiro grupo dobrou a ingestão de fibras, de cerca de 22 gramas por dia para 45 gramas diárias, o que é quase o triplo da ingestão média americana. O segundo grupo partiu de quase nenhum alimento fermentado para a ingestão de seis porções por dia. Para chegar lá, bastam uma xícara de iogurte no café da manhã, uma garrafa kombucha no almoço e uma xícara de kimchi no jantar.

Após o período de acompanhamento, nenhum dos grupos apresentou mudanças significativas nas medidas de saúde imunológica geral. Mas o grupo de alimentos fermentados mostrou reduções marcantes em 19 compostos inflamatórios. Entre eles a interleucina-6, uma proteína que tende a ser elevada em doenças como diabetes tipo 2 e artrite reumatoide. O grupo rico em fibras, em contraste, não mostrou uma diminuição comparável.

Para as pessoas no grupo dos fermentados, as reduções nos marcadores inflamatórios coincidiram com as mudanças em seus intestinos. Eles começaram a abrigar uma gama mais ampla e diversa de micróbios, algo semelhante ao que foi observado em estudos recentes com esses alimentos.

Novas espécies microbiana floresceram

A nova pesquisa descobriu que quanto mais alimentos fermentados as pessoas comiam, maior o número de espécies microbianas que floresciam em seus intestinos. Ainda assim, surpreendentemente, apenas 5% dos novos micróbios em seus intestinos pareciam vir diretamente dos itens acrescidos à dieta.

— Acho que havia micróbios abaixo do nível de detecção que floresceram ou os alimentos fermentados fizeram algo que permitiu o rápido recrutamento de outros micróbios para o intestino — diz Justin Sonnenburg, autor do estudo e professor de microbiologia e imunologia em Stanford.

Níveis mais altos de diversidade do microbioma intestinal são geralmente considerados uma coisa boa. Estudos relacionaram taxas mais baixas a problemas como obesidade, diabetes tipo 2 , doenças metabólicas e outros males. Pessoas que vivem em nações industrializadas tendem a ter menos diversidade microbiana em seus intestinos do que aquelas que vivem em sociedades mais tradicionais e não industrializadas.

Alguns cientistas especulam que fatores do estilo de vida moderno, como dietas ricas em alimentos processados, estresse crônico e inatividade física, podem suprimir o crescimento de micróbios intestinais potencialmente benéficos.

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