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Inca aponta menor incidência de tipos de câncer em cidades brasileiras

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou, nesta terça-feira (27), publicação que aponta queda nas taxas de incidência e mortalidade para alguns tipos dessa doença em diferentes cidades brasileiras. São exemplos o tumor maligno do colo do útero e o câncer de pulmão.

No caso do câncer de colo de útero, Curitiba apresentou a maior queda das cidades avaliadas, tanto para o número de casos novos (9,4%) quanto para os óbitos (7,9%). São Paulo e Goiânia também apresentaram quedas significativas (7,4% nos casos e 3,6% nas mortes) e (4,9% e 3,2%), respectivamente.

Esses números se referem a diferentes períodos, de acordo com os dados disponíveis em cada localidade. Entre os municípios incluídos no estudo estão São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Palmas, João Pessoa, Jaú (SP), Goiânia, Fortaleza, Curitiba e Aracaju, que já possuem séries históricas que permitem fazer análise de tendências. Os dados desses municípios foram colhidos entre 1987 e 2009, mas não abrangem todo esse período em todas as cidades.

Embora os resultados gerais apontem queda, João Pessoa teve aumento nos casos de câncer do colo de útero entre 1999 e 2006. A capital paraibana apresentou aumento de 6,1% na incidência e de 21,3% na mortalidade.

"Os dados de João Pessoa trazem à tona uma realidade até então desconhecida. A qualidade da informação melhorou e por isso, os dados indicam uma aumento tão grande. Antes, tínhamos muitos registros de morte de causa indefinida. Agora, temos dados mais reais sobre as mortes e incidências de câncer", explicou Marceli Santos, do Inca.

A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção persistente pelo papilomavírus humano, o HPV. Se diagnosticada antecipadamente, a doença tem alto índice de cura.

 
Pulmão

Segundo o Inca, as ações de prevenção ao tabagismo se refletem na redução da incidência do câncer de pulmão em algumas capitais. Entre os homens, o surgimento desse tipo de câncer diminuiu em São Paulo (- 7,2% ao ano), Salvador (-5,7% ao ano) e Curitiba (-3,2 % ao ano). Já a queda de mortalidade mais expressiva aparece em Salvador (-4,5% ao ano), seguida de São Paulo (-2,2%).

Segundo o diretor-geral do Inca, Luiz Antônio Santini, a redução dos casos de câncer de pulmão está intimamente relacionada ao tabagismo. Ou seja, como houve uma queda no número de homens que fumam, verifica-se uma estabilidade e até um declínio do número de casos entre eles. Já com as mulheres, que passaram a fumar mais tarde que os homens, os números de casos ainda estão em elevação.

"A redução no que se refere aos homens é resultado das campanhas de massa contra o tabagismo. A redução é significativa em São Paulo, Curitiba e Salvador, por exemplo. Mas com as mulheres, as tendências ainda são de crescimento, como verificamos em São Paulo e Curitiba. Felizmente, no caso do câncer de colo de útero, que é um tumor altamente prevenível, verificamos uma queda nas taxas de incidência e mortalidade", destacou o diretor-geral do Inca.

Pele

De acordo com o estudo divulgado pelo Inca, o câncer de pele ainda é o que apresenta a maior incidência de casos no Brasil, entre homens e mulheres. Depois dele, as maiores incidências de casos e morte nos homens é do câncer de próstata, e nas mulheres, do câncer de mama.

"No caso do câncer de mama, houve um discreto aumento no número de casos, verificados também pelo aumento do número de diagnósticos e de exames feitos no pais. Contribuiu para o aumento de casos também o envelhecimento da população, o tipo de alimentação com ingestão de grande quantidade de hormônios e a dificuldade de uma diagnóstico precoce que permita combater a doença em seu início", explicou o diretor do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, José Carlos Sampaio.

Para Sampaio, esse estudo vai ajudar a nortear as campanhas de prevenção e tratamento no país. "Nos últimos 20 anos, ampliamos o acesso ao diagnóstico e ao tratamento de cânceres curáveis, como o de colo de útero. Essa é a melhor estratégia para a redução de mortalidade. O esforço de campanhas feitas nos anos 70 e 80 começa a dar resultados. O estudo mostra que pela primeira vez há uma tendência de redução desse tipo de câncer. E mostra também que o caminho é investir em campanhas de massa de orientação, prevenção e tratamento", disse Sampaio.

Novos casos

Segundo estimativa apontada pelo estudo, pelo menos cerca de 518 mil novos casos de câncer serão registrados no Brasil este ano. Segundo a pesquisadora do Inca, Marceli Santos, esses dados mostram a evolução da população.

"Não se trata de um dado alarmante, mas de uma constatação. A população está envelhecendo, e quanto mais se vive, maiores são as chance de morte por câncer, problemas cardiovasculares e outros tipos de doença relacionadas à idade. Basta verificar que a estimativa para os Estados Unidos é de mais de um milhão de pessoas sofram de câncer no próximo ano", disse a pesquisadora.

Fonte : G1

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