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Pesquisadores do HC-USP usam células-tronco para controlar diabetes

Pesquisadores do Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto (HC-RP) estão conseguindo livrar pacientes de diabetes tipo 1 do uso diário de insulina através de um tratamento inédito no mundo: o autotransplante de células-tronco saudáveis.

Os estudos tiveram início há nove anos e nesse período, quatro pessoas já deixaram a medicação, sendo três delas há mais de cinco anos. Outros 18 pacientes que passaram pelo tratamento voltaram a necessitar do hormônio depois de um período de seis meses a cinco anos, mas apenas uma vez ao dia.

Para o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, um dos coordenadores da pesquisa, os resultados ainda são recentes para confirmar a cura da doença, mas representam melhor qualidade de vida aos pacientes. “Em longo prazo, o risco de eles terem problemas de visão, insuficiência renal, falência do pâncreas e amputação dos membros, consequências comuns nesse tipo de diagnóstico, é muito menor”, disse.

Tratamento
 
Barra Couri explicou que o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico destrói as células do pâncreas responsáveis por produzirem insulina. “Por isso, o tratamento consiste em desligar quase que completamente o sistema imunológico do paciente através de sessões de quimioterapia altamente agressivas”, disse.

Após essa etapa, os pesquisadores introduzem na corrente sanguínea as células-tronco chamadas hematopoéticas, capazes de construir um novo sistema imunológico. Essas células são retiradas da medula óssea do paciente, antes da quimioterapia.

“A memória imunológica que a pessoa tinha antes - tanto das coisas boas, como das coisas ruins – é deletada. Até as vacinas que ela tomou quando era criança também são esquecidas, assim como a função das células doentes que destruíam o pâncreas”, disse o pesquisador.

Qualidade de vida
 
Livre das aplicações de insulina há cinco anos, o auditor Humberto Flauzino Guimarães, de 22 anos, contou que o tratamento mudou sua vida. Ele descobriu a doença quando ainda era adolescente e precisou abandonar as coisas que mais gostava, como sair para comer pizza e beber com os amigos.

“Na época foi difícil, eu tinha que aplicar insulina antes de cada refeição. Quando descobri que poderia tratar com células-tronco, minha família ficou com medo porque é uma técnica nova, mas eu tinha certeza que daria certo”, afirmou.

Atualmente, Guimarães realiza exames a cada seis meses e, por orientação dos médicos, só come alimentos diet. “Meu remédio é atividade física e alimentação saudável. Ganhei qualidade de vida e aprendi muito com essa experiência. Espero continuar bem por muitos anos ainda.”

Fonte : G1

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