Pular para o conteúdo principal

Uerj oferece curso gratuito sobre a crise da Covid-19 a partir da experiência das periferias

Uerj oferece curso gratuito sobre a crise da Covid-19 a partir da experiência das periferias


Data da reportagem: 28/04/2020

                                                                                                 Diretoria de Comunicação da UERJ
O objetivo do curso, que tem parceria com a Universidade Emancipa, é discutir os impactos e as possíveis saídas da crise causada pela pandemia do coronavírus a partir da experiência dos grupos que vivem nas periferias. Ao todo, serão nove encontros temáticos, que acontecerão sempre às terças-feiras, das 19h às 21h. 
Segundo Maria Letícia Corrêa, professora de História da Uerj e uma das organizadoras do curso, a proposta é reunir especialistas e ativistas engajados em temas urgentes para entender e agir diante dos problemas sociais, sanitários, políticos, econômicos e culturais que enfrentamos neste momento. “Queremos discutir com a sociedade os efeitos dessa crise considerando a vida da negritude, das mulheres, dos grupos de imigrantes e refugiados, do trabalho precário, da saúde pública, das prisões, das favelas”, afirma a docente.
Entre os palestrantes estão os intelectuais Ladislau Dowbor, Rosana Pinheiro Machado, Sílvio Almeida, Debora Diniz, bem como os professores da Uerj Eduardo Faerstein, do Instituto de Medicina Social (IMS); Elaine Rossetti Behring, da Faculdade de Serviço Social (FFS); e Nívea Vieira, da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF). Essa é a primeira iniciativa realizada em parceria com a Universidade Emancipa.  Criada em 2017, em São Paulo, a instituição é um movimento social de educação popular que promove cursos de formação. 
Os interessados em participar devem ser inscrever por meio do formulário eletrônico(https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSexs8X5MDbT2WRydXvgIHcPFU_L3aXIvjWDUWhaRWq5VOf8_A/viewform). Quem não conseguir fazer a inscrição também poderá acompanhar as aulas em tempo real pelo canal do YouTube da Rede Emancipa.
Curso “Entender o mundo hoje: lições da pandemia para as periferias”
Período: de 5 de maio a 7 de julho de 2020, sempre às terças-feiras
Hora: 19h a 21h
Carga horária: 18h 
Link para as inscrições: http://bit.ly/uniemancipa2020
Haverá emissão de certificado

Programação completa:
5 de maio
Abertura: “O que a crise do coronavírus ensina sobre o capitalismo?”
Ladislau Dowbor – Professor titular da Economia da PUC-SP 
Verónica Gago – Professora de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires (Argentina)

12 de maio
Aula 1: “Crise Social, isolamento e Saúde Mental”
Christian Dunker – Psicanalista e Professor Titular de Psicologia da USP
Luana Alves – Psicóloga da Saúde Pública e Coordenadora da Rede Emancipa 

19 de maio
Aula 2:  “A saúde pública e a defesa do SUS hoje”
Mariana Lopes – Charité – Universitätsmedizin Berlin (Alemanha) 
Matheus Falcão – Pesquisador da USP 
Elaine Behring – Professora da Faculdade de Serviço Social da Uerj 
Leticia Faria – Enfermeira do Hospital do Trabalhador e Coordenadora da Rede Emancipa-Paraná 
26 de maio
Aula 3:  “Emprego e renda na crise do coronavírus”
Ruy Braga – Professor de Sociologia da USP 
Virgínia Fontes – Professora do Programa de pós-graduação em História da UFF e da Escola Nacional Florestan Fernandes-MST.
2 de junho
Aula 4:  “A privação da liberdade no contexto de pandemia”
Camila Nunes – Professora de Políticas Públicas da UFABC 
Hildebrando Saraiva – Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro – Sindpol/Copol
Rafael da Silva Almeida – Emancipa no Degase
9 de junho
Aula 5: “Violência, trabalho e saúde das mulheres na crise do coronavírus”
Débora Diniz – Antropóloga, professora da Faculdade de Direito da UnB e fundadora do Instituto Anis – Instituto de Bioética
Maria dos Camelôs – Coordenadora do Muca – Movimento Unido dos Camelôs do Rio de Janeiro
16 de junho
Aula 6: “A saúde e dignidade de imigrantes e refugiados no Brasil hoje”
Padre Paolo Parise – Missão 
Eduardo Faerstein – Professor do Instituto de Medicina Social da Uerj 
Paz Jenny del Rosa – USP e Emancipa Sem Fronteiras 
23 de junho 
Aula 7:  “A necropolítica no Brasil ontem e hoje”
Rosana Pinheiro-Machado – Professora de Ciências Sociais da Universidade de Bath (Inglaterra)
Silvio Almeida – Professor de Direito da Universidade Mackenzie
30 de junho
Aula 8: “Pandemia e urbanização precária”
Pedro Arantes – Professor de Filosofia da Unifesp 
Bianca Tavolari – Professora de Direito do Insper e pesquisadora do Cebrap 
Lurdinha Lopes – Militante pelo direito à terra e cidade. Membro da coordenação estadual do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM/RJ)
7 de julho
Encerramento: “Como pensar a educação em tempos de pandemia?”
Nívea Vieira – Professora da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da Uerj (FEBF)
Alvaro Bianchi – Professor de Ciência Política da Unicamp 
Maurício Costa – Coordenador de Formação da Rede Emancipa



Comentários

Populares

UFF responde: Alzheimer

  Doença de causa desconhecida e incurável, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta, principalmente, idosos com mais de 65 anos. Identificada inicialmente pela perda de memória, pessoas acometidas pela doença têm, a partir do diagnóstico, uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos, segundo o  Ministério da Saúde  .  Em um  Relatório sobre Demência , a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo dessa doença, sendo mais de 60% dessas pessoas habitantes de países de baixa e média renda. A previsão é de que esse número ultrapasse mais de 130 milhões no ano de 2050. Outros dados apresentados na publicação indicam que a demência é a sétima maior causa de morte no mundo e que, em 2019, representou um custo global superior a 1 trilhão de dólares. Com o intuito de criar ações para o tratamento e a conscientização sobre a Doença de Alzheimer e de demências, em junho de 2024, foi instituída a...

UFF Responde: Sífilis

  Outubro é marcado pela campanha nacional Outubro Verde, que visa combater a sífilis e a sífilis congênita no território brasileiro. Segundo o Boletim Epidemiológico sobre a doença, divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que, entre 2021 e 2022, a taxa de detecção de casos de sífilis cresceu 23%, enquanto a detecção em gestantes aumentou 15%. O aumento dos casos gera preocupação entre os especialistas. Neste UFF Responde, convidamos a professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (ISC/UFF), Sandra Costa Fonseca, para esclarecer detalhes sobre a doença, meios de prevenção e de tratamento. O que é Sífilis? Como podemos identificar os sintomas? Sandra Costa Fonseca:   A sífilis é uma infecção sistêmica de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão é predominantemente sexual e em gestantes pode ocorrer a transmissão vertical para o feto (sífilis congênita). Quando não tratada, progride ao longo dos anos por vários ...

Histerectomia: quando a remoção do útero é necessária e quais problemas ela pode trazer para a saúde física e mental

  As indicações de cirurgia de remoção do útero (histerectomia) estão diminuindo cada vez mais – tanto em casos de doenças benignas quanto malignas - mas o procedimento ainda é um dos mais realizados em mulheres, em todo o mundo. Ele é indicado quando a paciente tem um sangramento uterino anormal, que prejudica muito a qualidade de vida, ou por causa de cânceres. Essa cirurgia em geral ocorre na quarta década de vida da mulher, em casos benignos, mas pode ocorrer em qualquer idade no caso de doenças malignas. Quando é indicada em pacientes mais jovens – o que é bastante raro – é por conta de tumor maligno ou malformação genética ou congênita do útero, que o impede de funcionar adequadamente, segundo a médica Marair Gracio, presidente da Comissão de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A retirada somente do útero, biologicamente, não afeta em nada a vida sexual da mulher. Mas quando a histerectomia precisa...

Getulinho reabre a pediatria

Sem emergência há 1 ano e 2 meses e após o fim da UTI pediátrica por determinação da Vigilância Sanitária Estadual em dezembro, o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca, Niterói, retomou  nesta quinta-feira os atendimentos à população, só que no estacionamento. O hospital de campanha montado, com capacidade para atender 300 crianças por dia, foi alívio para a população e deverá durar o tempo das obras de reforma da unidade. “Esperamos atender 150 por dia na primeira semana”, declarou o coordenador-geral da Força Estadual de Saúde, Manoel Moreira. Foram disponibilizados também ambulância e CTI. Ao assumir, o prefeito Rodrigo Neves decretou situação de emergência no atendimento de urgência pediátrica no município e assinou termo de compromisso para a instalação do hospital de campanha com a Força Estadual. Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia   Nesta quinta-feira, a auxiliar ...

Médicos importados

O governo federal decidiu importar médicos para suprir a falta de profissionais em programas de atenção básica, como o Saúde da Família, e em cidades do interior do País. A medida, que será anunciada pela presidenta Dilma Rousseff, inclui a flexibilização das normas de validação de diplomas obtidos em faculdades estrangeiras. A decisão, que deverá ser anunciada até o fim de fevereiro, prevê a contratação de milhares de médicos . O governo acredita que muitos cubanos serão atraídos pelos novos empregos. Efeito sanfona Por falar em saúde: a pressão arterial de Pezão voltou a subir no fim da manhã de ontem. Pessoas próximas dizem que o problema está relacionado às bruscas variações no peso do governador em exercício. Ele acaba de terminar outra temporada em um SPA.  Fonte : O Dia