Não há limite de idade e restrição de gênero para doenças do coração,
como sopro e arritmia. Elas podem atingir qualquer pessoa e, na maioria
das vezes, não apresentam sintomas claros, por isso o acompanhamento
médico é essencial para identificar os sinais de alerta. Além disso,
saber o histórico de doenças da família também ajuda no diagnóstico
precoce, que evita que essas doenças evoluam para complicações maiores,
como explicaram a cardiologista Denise Hachul e a pediatra Ana Escobar.
O sopro, por exemplo, pode provocar nenhum sintoma ou falta de ar,
desmaios e inchaço nas pernas e na barriga. A doença acontece quando há
disfunção das válvulas do coração, que causa um ruído mais abafado. A
pessoa pode nascer com o problema ou adquiri-lo ao longo da vida por
causa de doenças como febre reumática, rompimento dos pilares que
prendem as válvulas do coração ou até mesmo por causa do envelhecimento.
Algumas crianças, no entanto, podem desenvolver sopros que desaparecem
conforme elas crescem, como explicou a pediatra Ana Escobar. Em alguns
casos, os sopros são provocados por defeitos congênitos da formação das
válvulas do coração ou pela falta de fechamento de orifícios do músculo
cardíaco. Essas más formações podem ser corrigidas com cirurgia, como se
fosse uma plástica do coração para corrigir os defeitos.
O diagnóstico é feito com o estetoscópio na visita ao médico, por isso a
importância de ter sempre o acompanhamento. O tratamento depende da
causa, gravidade e consequências da doença no coração e pulmão. Como no
caso das crianças, as válvulas podem ser corrigidas com cirurgia ou
substituídas por válvulas artificiais; já os orifícios podem ser
fechados também com cirurgia ou pela colocação de “tampões” por meio de
cateteres.
Já a arritmia altera a frequência do coração; podem ocorrer
acelerações, desacelerações ou descompassos nos batimentos cardíacos.
Como no caso do sopro, qualquer pessoa pode ter arritmia, desde crianças
a idosos. Entre os sintomas, estão palpitações, fraqueza, intolerância a
exercícios físicos, falta de ar, tontura, desmaios e, em casos
extremos, pode causar parada cardíaca e, consequentemente, morte súbita.
Mais de 80% das mortes súbitas são causadas por taquicardia, quando o
ritmo do coração fica acelerado. Segundo a cardiologista Denise Hachul,
casos de arritmia decorrentes de exagero no esporte são muito comuns.
Normalmente, são arritmias ventriculares que, por causa da prática de
esportes, são mascaradas e podem levar o atleta à morte súbita. Se a
pessoa descobrir a doença, pode tratar treinando da maneira correta e
pode até continuar a praticar esportes.
Para perceber irregularidades nos batimentos, nesse caso, a pessoa pode
medir o próprio batimento após fazer exercícios físicos. Ou o
diagnóstico pode ser feito por causa de queixas de palpitações ou
desmaios. No exame clínico, o médico consegue perceber as alterações no
ritmo do coração, que são confirmadas pelo eletrocardiograma.
Alguns tipos de arritmia têm cura total e outros têm apenas controle,
feito com o tratamento adequado. A doença pode ser tratada com
medicamentos, condicionamento físico ou cauterização dos focos por
cateteres.
Fonte : G1
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