Teve alta ontem do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac) o primeiro paciente da rede estadual de Saúde do Rio
a fazer o chamado implante percutâneo. Pela nova técnica, uma válvula é
implantada no coração através da artéria femural, sem necessidade de
abrir o peito do paciente.
O procedimento é indicado a pacientes com estenose aórtica grave
considerados inoperáveis, explica o cardiologista Márcio Montenegro, que
operou o aposentado João Batista Soares, 79 anos: “É um problema na
válvula, que prejudica a entrada e saída do sangue no órgão. Alguns
pacientes têm um quadro de tão alto risco que não podem passar pela
cirurgia tradicional. Agora, esse grupo tem uma opção.”
“Se eu tivesse algo de muito valor, daria a esses médicos. Mas como não
tenho, deixo o meu muito obrigado”, disse João, emocionado.
Para ter acesso
à técnica, o paciente tem de ser avaliado e encaminhado ao Iecac. A
válvula a ser inserida é feita de um material específico que, ao ser
colocado em soro gelado, fica flexível e plenamente moldável. Com isso,
pode-se “amassar” a válvula até que ela fique bem fina, passe pelo
catéter e seja colocada no lugar: “Em contato com o calor do corpo, ela
se arma e tem o diâmetro aumentado. Isso faz com que a incisão possa ser
pequena.”
Outra grande vantagem
é a recuperação mais rápida. Pacientes que se submetem à cirurgia
tradicional ficam pelo menos 10 dias internados e podem levar até seis
meses para se recuperar. Com o implante, a internação é de 3 a 4 dias e
em até 15 dias estão aptos a levar uma vida normal.
Fonte : O Dia
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