Você foi correr
ou passou muitas horas na frente do computador, dirigiu se protegendo
do calor com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado. E há algum
tempo anda com os olhos vermelhos, com sensação de ardência, coceira e
um lacrimejar que incomoda. Cuidado. Você pode ser mais uma vítima da
‘Síndrome do Olho Seco’, que atinge cerca de 7 milhões de adultos
brasileiros, 65% dos quais já diagnosticados, segundo estimativa do
Instituto Kantar Health.
A síndrome se caracteriza pela deficiência da lubrificação da córnea,
causada por problemas na produção da lágrima ou por fatores externos que
provocam a evaporação. O modo de vida moderno
contribui decisivamente. Diante das telas de computadores e
smarthphones, piscamos menos e prejudicamos a lubrificação dos olhos.
A deficiência na lubrificação pode ser causada por outros distúrbios
oftalmológicos, baixa umidade do ar, uso de lentes de contato, ambientes
com ar-condicionado, entre outros fatores. Seja qual for a origem, o
importante é buscar a orientação
de um oftalmologista, como destaca o médico César Lipener, presidente
da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratrometria
(Soblec) e chefe do setor de lentes de contato da Escola Paulista de
Medicina (Unifesp).
“É importante buscar o diagnóstico para usar o produto correto”, alerta
o especialista. Ele diz que existem testes objetivos para testar a
qualidade e a quantidade da lágrima.
Colírios, só com receita médica
Muitas vezes, as pessoas recorrem a remédios caseiros ou usam o colírio
de ‘um amigo ou parente’, ou até outro indicado para uma conjuntivite
anterior. “Esses produtos podem até prejudicar”, adverte o médico. Nem o
soro fisiológico é recomendado, pois tem sal e conservantes que podem
irritar ainda mais o olho.
Uma vez instalado o quadro de ‘olho seco’, o tratamento é feito com a
aplicação de lubrificantes lacrimais artificiais. Existem vários
produtos à base de sal sódico do ácido hialurônio, como o hylo-comod e
hylo-gel, lançados recentemente. São colírios livres de prescrição
médica que trazem como diferencial a embalagem projetada especialmente
para impedir a contaminação. “Ele forma um filme de lubrificação e
hidratação regular, estável e de longa duração na superfície ocular, que
não é facilmente removível e não embaça a visão”, garante Eurico
Correia, diretor médico da Pfizer.
Fonte: O Dia
Comentários
Postar um comentário