Os hospitais da rede estadual da Baixada Fluminense, de Niterói e
adjacências vão ganhar 195 novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva
(UTI) até junho de 2013. As novas vagas têm como objetivo diminuir o número de pacientes que saem daqueles municípios para buscar atendimento na capital.
Nada menos do que 45% das pessoas que procuram hospitais da rede estadual do município do Rio de Janeiro não moram na cidade.
Destas, a maioria é da Baixada, segundo a Superintendência de Atenção
Especializada, Controle e Avaliação da Secretaria de Estado de Saúde.
A oferta dos novos leitos faz parte do projeto ‘SOS Emergência’, feito
em parceria com o Ministério da Saúde. Na terça-feira, a secretaria e o
ministério anunciaram a abertura de 290 novos leitos de UTI, que estarão
disponíveis até o primeiro trimestre de 2013, mas são todos localizados
na capital, como O DIA noticiou ontem.
De acordo com a Subsecretária de Atenção à Saúde, Mônica Almeida, o
município do Rio, a Baixada Fluminense e a região de Niterói e
adjacências, por concentrarem mais de 70% da população do estado, são o
foco inicial do ‘SOS Emergência’.
“São 19 cidades contempladas num primeiro momento. “Queremos agilizar e
melhorar o atendimento nos hospitais que mais recebem pacientes”,
explicou. Ainda segundo Mônica, a previsão é de que os outros municípios
do estado recebam os investimentos do projeto até 2014. “As regiões do
Médio Paraíba e Centro Sul já estão com projetos aprovados e foram
encaminhados para o Ministério da Saúde avaliar e liberar a verba para
os investimentos”, garantiu Mônica.
Dos 290 leitos de UTI anunciados terça-feira para a capital, a maioria
(163) foram destinados à Zona Oeste, como O DIA mostrou. A subsecretária
explicou que a região da cidade recebeu mais leitos por ser a mais
carente. “Temos um vazio sanitário muito grande e uma população enorme
nesta área”, esclarece.
Cirurgias cardíacas na Tijuca
O Hospital estadual São Francisco de Assis, na Tijuca, começou a fazer
este mês cirurgias cardíacas. A unidade — que ganhou 27 novos leitos de
UTI e 96 de enfermaria — passa a realizar todos os tipos de operação do
coração, exceto a pediátrica.
A dona de casa Vânia Aurora, 56 anos, foi a primeira paciente do
serviço. Ela passou mal dia 17 e, da UPA de Campo Grande, onde foi
diagnosticado infarto, foi encaminhada ao hospital para receber pontes
de safena. “Estamos muito otimistas. Em breve queremos realizar duas
cirurgias cardíacas por dia”, diz o cardiologista Hélio Paiva.
Diretor do Into deixa o cargo
O diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Geraldo Motta Filho,
anunciou ontem que vai deixar a direção do hospital. Em uma carta aos
funcionários, ele relata sua decisão e avisa que sai a partir de 4 de
janeiro. Motta não comentou os motivos de seu desligamento. O nome do
seu substituto ainda não foi divulgado. Semana passada, o hospital foi
notícia após as longas filas na porta, com pessoas tentando agendar, sem
sucesso, consultas na unidade.
Fonte : O Dia
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