O programa de prevenção da cegueira em recém-nascidos deu um passo
importante nesta sexta-feira, com a cessão de equipamentos e a ampliação
de capacitação de profissionais da área de saúde. Fruto de uma parceria
entre a Secretaria de Saúde e o Instituto Fernandes Figueira (IFF), no
Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro, o tratamento da retinopatia da
prematuridade (ROP) visa a oferecer um diagnóstico mais rápido e
tratamento precoce. A doença afeta bebês prematuros e, se não tratada a
tempo, pode levar à cegueira.
Nesta sexta-feira, o Instituto Fernandes Figueira cedeu às unidades
de saúde da secretaria que atendem bebês prematuros mais de 50
equipamentos. Na primeira fase da parceria, enfermeiros e
neonatologistas de unidades hospitalares com Unidades de Tratamento
Intensivo (UTIs) neonatais participaram do treinamento para utilizá-los
tanto na elaboração do diagnóstico, quanto para o tratamento.
A doença – A retinopatia da prematuridade atinge
especialmente os prematuros, já que seus olhos ainda não estão
completamente formados. Por estar intimamente ligada aos prematuros, a
retinopatia está relacionada às práticas de cuidados neonatais. A
administração e o monitoramento inadequados de oxigênio, infecção,
controle de temperatura inadequado podem propiciar o desenvolvimento da
ROP dos bebês nas UTIs neonatais, infecções, quando há problemas de
nutrição e de controle de temperatura e de dor.
Diagnóstico – O exame para diagnosticar a doença é
indicado para prematuros e pode ser feito a partir da 4ª semana de vida
do recém-nascido, com o aparelho oftalmoscópio binocular indireto. Esse
exame se repete a cada duas semanas até a 40ª semana, quando a retina do
bebê já está totalmente vascularizada. A doença pode se manifestar de
forma branda - pode regredir sozinha - e de forma mais agressiva,
podendo levar à cegueira do bebê.
Fonte: O Fluminense
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