A partir de janeiro, os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS)
começam a receber o mesilato de imatinibe, primeiro medicamento
genérico nacional contra o câncer. O produto é desenvolvido no
laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Nesta quarta-feira (19), o ministro da Saúde Alexandre Padilha
recebeu no Palácio Guanabara, na Zona Sul do Rio, o primeiro lote do
remédio indicado para o tratamento de Leucemia Mielóide Crônica (LMC) e
Estroma Gastrointestinal (tumor maligno do intestino).
Padilha estima que a economia para o SUS chegue a R$ 337 milhões em
cinco anos. No primeiro mês, a expectativa é a distribuição de cinco
milhões de comprimidos em todo país. O Ministério da Saúde vai destinar
R$ 140 milhões por ano para a produção do medicamento. Além do
incentivo federal, o Instituto Vital Brazil e cinco empresas privadas
participam do projeto.
“Esse é o primeiro genérico para o câncer totalmente produzido no
Brasil e o primeiro medicamento que vai para o mercado com o novo
visual aprovado pela ANVISA, para as pessoas não se confundirem,
declarou o ministro.
Segundo o governo, a produção nacional do mesilato de imatinibe vai
reduzir o custo do comprimido do medicamento de 100mg de R$ 20,60 para
R$ 17,50 e do 400mg de R$ 82,40 para R$ 70. Padilha informou ainda que
a produção nacional do medicamento é suficiente para atender a toda a
demanda do SUS, que tem cerca de oito mil pacientes hospitalizados.
Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, os pacientes atendidos
pelo SUS têm acesso a cerca de 280 procedimentos para o tratamento de
diferentes tipos de câncer. A previsão de investimentos na área para
2013 é de R$ 2,4 bilhões.
Fonte : G1
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