Com as temperaturas batendo recordes a cada dia que o verão se
aproxima, só mesmo o ar-condicionado para amenizar o calor. Se a
sensação ao chegar a um ambiente geladinho é de alívio, o entra e sai de
lugares quentes e frios pode ser bastante prejudicial ao organismo e
pode provocar — ou agravar — uma série de doenças.
— Qualquer
choque térmico pode causar problemas de saúde porque mexe com a
liberação de hormônios. Com o tempo, a exposição ao quente e ao frio
desequilibra o sistema hormonal, causando alergias e deixando o sistema
imunológico mais fragilizado — explica o alergista Marcello Bossois,
coordenador técnico do projeto social Brasil sem Alergia.
Segundo o
médico, as pessoas mais suscetíveis a doenças são aquelas que trabalham
parte do dia na rua e outra parte em locais com ar-condicionado. Ou
quem entra e sai de bancos, shoppings e do carro refrigerado. Quem é
alérgico sofre mais ainda, já que as variações de temperatura são
fatores de agravo para as crises.
Além de impedir a circulação do
ar, o que facilita a transmissão de vírus e bactérias, o ar-condicionado
resseca o ambiente, deixando as mucosas do nariz e da garganta secas e
irritadas.
— O muco é responsável pela limpeza e proteção contra
micro-organismos. Seca, a mucosa se fragiliza, e a pessoa fica mais
propensa a doenças se tiver contato com o agente infeccioso. Quanto mais
frio estiver o local, maior o ressecamento — diz a
otorrinolaringologista Patricia Ciminelli.
Mas o ar-condicionado
não é de todo mau. O problema é o excesso. Para fazer do aparelho um
amigo da saúde, basta usá-lo numa temperatura não muito baixa e manter a
limpeza dos filtros.
— O ar tira umidade do ambiente, eliminando mofo. O ideal é entre úmido e seco — diz Bossois.
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