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Toxoplasmose: entenda os sintomas e como se prevenir


A cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, confirmou mais de 500 casos de toxoplasmose nesta semana – e outros 212 aguardam uma análise laboratorial. É o maior surto da doença na história do estado. O G1 responde às principais perguntas sobre a doença:

O que é a toxoplasmose?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Esse micro-organismo é facilmente encontrado na natureza, em grande número entre mamíferos e pássaros.

Como é transmitida?

Os seres humanos podem ser infectados pelo protozoário de três maneiras:

  • Ingestão dos micro-organismos por meio de qualquer material/alimento/líquido contaminado por fezes de gatos infectados;
  • Ingestão de carne crua infectada, especialmente de porco e carneiro;
  • Infecção interplacentária, quando a mãe está com o protozoário e passa para o feto.

"A gente pega a partir da ingestão de alimentos que tenham os oocistos, que são microscópicos, em uma carne ou uma verdura. Ele se adere a tecidos do corpo e muitas de nós vamos ficar com os micro-organismos latentes durante anos, e eventualmente nem manifestar sintomas", disse o infectologista Alexandre Schwarzbold.

"O que acontece neste período de epidemia? Houve alguma alteração ambiental. As populações mais suscetíveis sãos as crianças pequenas, os imunodeprimidos e as gestantes. Para as grávidas, o problema está mais ligado ao bebê, que pode ter complicações", completou.



Como saber que estou com a doença?

A toxoplasmose apresenta diferentes sintomas – desde a ausência deles, até um quadro clínico mais complicado, de acordo com a SBI.

Na maioria das vezes, a doença é assintomática. Em alguns casos, podem ocorrer:

  • Febre;
  • Cansaço;
  • Mal estar;
  • Gânglios inflamados.

O período de incubação vai de 10 a 23 dias quando a causa é a ingestão de carne, e de 5 a 20 dias quando o motivo é o contato com cistos de fezes de gatos.

Como prevenir?

  • Não ingerir carnes cruas ou malcozidas;
  • Ferver a água ingerida;
  • Comer apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente;
  • Evitar contato com alimentos ou água que possam estar contaminados com fezes de gato. As gestantes devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal). Alguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intrauterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes;
Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.

Os gatos são os transmissores?

Não. Muitas vezes, em momentos de surto, os felinos acabam culpados. De acordo com o médico infectologista Alexandre Schwarzbold, da SBI, o gato é o hospedeiro. Arranhão, nem o contato, transmitem a doença. O foco é atacar os alimentos e líquidos que podem estar contaminados.

Fonte: G1

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