Pular para o conteúdo principal

Vitiligo é uma doença autoimune e com causa ainda não conhecida

Data homenageia Michael Jackson, que morreu em 2009 -
Nesta segunda-feira, nove anos após a morte do cantor Michael Jackson, é o Dia Nacional do Vitiligo, doença da qual o artista sofria. A data foi escolhida para conscientizar a população sobre esse problema autoimune, caracterizado pela perda do pigmento da pele — a melanina — o que leva ao surgimento de manchas brancas ou sem cor (acrômicas).
A doença acomete pessoas de todas as etnias, sexos e idade, e pode aparecer de forma localizada ou generalizada. As manchas costumam aparecer no rosto em volta dos olhos e da boca, em locais que sofreram traumas, nas extremidades como as pontas dos dedos e, normalmente, surgem nos dois lados do corpo.
— Quando acomete áreas com pelos, como cílios, sobrancelhas e couro cabeludo, pode haver também a perda da coloração dos fios — detalha Camila Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e responsável pelo Instituto da Pelle Madureira.
As causas do vitiligo ainda não são totalmente conhecidas, mas algumas pessoas carregam consigo uma predisposição genética que favorecem o aparecimento da doença, principalmente quando associadas a fatores desencadeantes.
— Ela pode estar relacionada a outras doenças autoimunes, como a tireoidite (inflamação da tireoide). Mas também depende do fator do momento que cause a alteração. Um dos mais frequentes é o estresse emocional. Porém, também ocorre de o aparecimento da mancha causar um estresse, que vai fazer o ciclo se perpetuar — explica Ivonise Follador, médica dermatologista da SBD.
Diagnóstico é feito por dermatologista
O vitiligo não apresenta sintomas como dor, coceira e ardência. Pode acontecer de o paciente começar a perceber manchas mais claras na pele até que elas fiquem totalmente sem cor.
— O diagnóstico do vitiligo, no geral, é clínico, feito por exame físico no paciente, podendo ter o auxílio de uma iluminação especial, chamada de lâmpada de Wood. A biópsia cutânea, quando realizada, revela a ausência completa de melanócitos (células produtoras de melanina) nas zonas afetadas — afirma Camila.
Como a causa ainda não é definida, não existem maneiras cientificamente comprovadas que ajudem a evitar o surgimento da doença. Algumas recomendações são dadas às pessoas nas quais o vitiligo já se manifestou.
Pacientes são vítimas de preconceito
Além de ter de enfrentar a doença, os paciente acometidos pelo vitiligo ainda precisam lidar com olhares preconceituosos de quem acredita que o problema é contagioso.
— Não sei por que as pessoas acham que é contagioso, já que essa é uma doença que nada tem a ver com infecção, bactéria, vírus ou fungo. Ela não pega — diz Ivonise.
O vitiligo tem tratamento que pode ser por medicamentos tópicos e orais e outras possibilidades terapêuticas.
— Utilizando terapias celulares do tipo lipoescultura facial ou estimulantes, como peeling de fenol, notamos a melhora consistente das manchas — diz o cirurgião plástico Ricardo Kacowicz, da clínica Guedes Odontologia & Face.
Cuidados com a pele
Protetor solar
A pele da pessoa que tem vitiligo fica mais sensível à queimadura solar, já que não tem melanina. Portanto, deve sempre estar protegida com protetores de muito alta proteção, ou seja, FPS maior que 50. A preferência é que o filtro seja com cor, que auxilia na camuflagem e tem proteção mais ampla
Barreira física
Além do uso de protetor solar, é recomendado que o paciente use barreiras físicas como chapéus e viseiras para quando as manchas parecerem no rosto
Atrito de roupas e sapatos
É importante evitar atrito com roupas e sapatos apertados, pois isto pode provocar novas lesões
Seguir o tratamento
O tratamento é a maneira de estabilizar a progressão da doença, portanto o paciente deve seguir as orientações médicas e não se automedicar.
Fonte: Jornal Extra

Comentários

Populares

UFF Responde: Hanseníase

  A hanseníase carrega um histórico marcado por preconceito e exclusão. Por décadas, pacientes foram afastados do convívio social, confinados em colônias devido ao estigma em torno da doença. Hoje, embora os avanços no diagnóstico e no tratamento tenham transformado essa realidade, o combate ao preconceito ainda é um desafio. No Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, neste ano celebrado em 26 de janeiro, a campanha do “Janeiro Roxo” reforça a importância da conscientização, do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento gratuito oferecido pelo SUS, que ajuda a desconstruir mitos e ampliar o acesso à saúde. Em 2023, de acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 22.773 novos casos da doença no Brasil. Por isso, a Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase, estabelecida para o período 2024-2030, trouxe metas importantes, como a capacitação de profissionais de saúde e a ampliação do exame de contatos, que visam à eliminação da hanseníase como problema de...

Morte de turista no Cristo Redentor: cardiologista explica como um desfibrilador poderia ter evitado a tragédia

  A morte do turista gaúcho Jorge Alex Duarte, de 54 anos, no Cristo Redentor, no último domingo, trouxe à tona a falta de estrutura para atendimentos de emergência em um dos principais cartões-postais do Brasil. Jorge sofreu um infarto fulminante logo após subir parte da escadaria do monumento, mas não havia socorristas nem um desfibrilador disponível no local. Para o cardiologista e professor do Curso de Medicina da Unig, Jorge Ferreira, o uso rápido do equipamento poderia ter feito toda a diferença no desfecho da tragédia. "O desfibrilador é o principal aparelho que precisa estar disponível em casos de parada cardíaca. Ele funciona como um relógio da sobrevida: a cada minuto sem atendimento, as chances de sobrevivência diminuem. Se o paciente tiver um ritmo chocável (quando é necessário um choque elétrico para voltar à normalidade), o desfibrilador pode aumentar significativamente as chances de salvá-lo", explica o médico, que também é coordenador do Laboratório de Habili...

Anvisa aprova 1ª insulina semanal do país para o tratamento de diabetes tipo 1 e 2

  A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (7) a primeira insulina semanal do mundo para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 1 e 2. O medicamento insulina basal icodeca é comercializado como Awiqli e produzido pela farmacêutica Novo Nordisk, a mesma que produz Ozempic. A aprovação foi baseada nos resultados de testes clínicos que mostraram que o fármaco é eficaz no controle dos níveis de glicose em pacientes com diabetes tipo 1, alcançando controle glicêmico comparável ao da insulina basal de aplicação diária. Os pacientes que utilizarama insulina basal icodeca mantiveram níveis adequados de glicemia ao longo da semana com uma única injeção. O medicamento também demonstrou segurança e controle glicêmico eficaz, comparável ao das insulinas basais diárias, em pacientes com diabetes tipo 2. A insulina icodeca permitiu um controle estável da glicemia ao longo da semana com uma única injeção semanal, sendo eficaz em pacientes com diferentes ...

Vacina brasileira contra dengue estará no SUS em 2026, diz governo

  O governo anunciou, nesta terça-feira, a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) da primeira vacina brasileira contra a dengue de dose única, produzida pelo Instituto Butantan. Isso vai valer a partir de 2026. O imunizante será destinado para toda a faixa etária de 2 a 59 anos e será produzido em larga escala, de acordo com o governo. O anúncio foi feito em cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Segundo o governo, a partir do próximo ano, serão ofertadas 60 milhões de doses anuais, com possibilidade de ampliação do quantitativo conforme a demanda e a capacidade produtiva. Fonte: Jornal Extra

Destaque UFF

  Mais um projeto da UFF que vem para somar na cidade de Niterói. Com foco no turismo responsável, o Observatório do Turismo de Niterói (ObservaTur Niterói) busca monitorar a atividade turística da região visando à geração de empregos, implementação de políticas públicas e outros investimentos no setor.  O projeto, elaborado pela nossa Universidade em parceria com a Prefeitura Municipal de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha (FEC), envolve docentes e estudantes de graduação e pós.  Como destaca o reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a cidade sorriso tem um grande potencial turístico. ""A UFF está atuando junto ao município para cooperar neste processo de recuperação dos efeitos da pandemia, para que Niterói avance e se torne referência para todo o estado"". Leia a matéria completa do #DestaquesUFF  no link https://bit.ly/3FaRxBT