Imagine se existissem exames que pudessem dizer quem corre mais risco de sofrer com algum problema cardíaco, como um enfarte. Testes assim já existem, e há opções mais simples e outras que apresentam informações detalhadas. Estudos relacionados aos avanços em exames de imagem que podem predizer riscos foram apresentados neste fim de semana no 9º Congresso do Departamento de Imagem Cardiovascular, em São Paulo.
— Temos um arsenal de exames que podem ser feitos para detectar as doenças antes de elas se manifestarem — diz Rodrigo Barretto, presidente do Congresso e chefe de Ecocardiografia do Instituto Dante Pazzanese.
Uma das possibilidades é a tomografia computadorizada, com a qual é possível investigar em minutos a presença de cálcio nas artérias. Sua presença ou ausência pode determinar quem corre risco de sofrer um enfarte nos próximos cinco anos, por exemplo.
— A calcificação das artérias do coração ocorre quando há placas de gordura. Se não houver cálcio, os riscos de infartar são mínimos — diz Márcio Bittencourt, médico do Hospital Universitário da USP e coordenador de tomografia e ressonância do Dasa.
Outro exame que possibilita uma investigação maior sobre os riscos de um enfarte é a angiotomografia. Ela é capaz de mostrar o interior das artérias, dando com mais detalhes sobre a presença de placas de gordura e calcificação.
— Apesar de ser um exame mais detalhado, só o indicamos para pessoas que realmente tenham risco de sofrer com algum problema de coração ou estejam apresentando sintomas — afirma Márcio Bittencourt.
Fonte: Jornal Extra
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