A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação pode ser causada por micro-organismos (vírus e bactérias), alergias a medicamentos e outros agentes.
As meningites bacterianas e virais são as mais comuns e que demandam maior atenção da saúde pública. A doença é endêmica no Brasil e casos são reportados ao longo de todo ano com surtos ocasionais, mas a forma bacteriana preocupa por sua gravidade.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a meningite pode atingir todas as faixas etárias, mas o maior risco é para crianças menores de cinco anos, em especial as menores de um.
O Sistema Único de Saúde oferece quatro tipos de vacina contra as principais causas de meningite bacteriana. No Brasil, a prevalência é das infecções do tipo C e por isso o SUS não oferece vacina para o tipo B.
Segundo dados do Ministério da Saúde, dos mais de 16 mil casos da doença registrados em 2017, apenas 145 foram de meningite tipo B.
Atualmente, o ministério estuda a aquisição da vacina meningocócica conjugada ACWY, disponível apenas pelo sistema privado de saúde.
Cobertura vacinal
Segundo o Ministério da Saúde, dados preliminares da cobertura vacinal de meningite de 2018 mostram que o Brasil ainda está abaixo da meta. Em 2017, a cobertura ficou em 86%. Em 2018, os dados preliminares mostram que a cobertura ficou em 79%.
Em 2018, foram registrados 17.219 casos de meningite no Brasil. Em 2017, foram 16.992 e em 2016 15.629. São Paulo é o estado com o maior número de casos registrados nos últimos anos.
Veja abaixa perguntas e respostas sobre as vacinas
Qual o tipo mais comum no Brasil?
A meningite mais comum no Brasil é meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis (ou meningococo). Existem 12 subtipos diferentes da meningocócica e, no Brasil, os principais sorogrupos circulantes (que causam a maioria dos casos) são B, C, W e Y. Com maior prevalência do tipo C.
Quais vacinas o SUS oferece?
O SUS oferece quatro tipos de vacina para meningites bacterianas. São elas:
- BCG: que protege contra a meningite turberculosa
- Pentavalente: protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite causada pelo Haemophilus influenzae sorotipo b
- Meningocócica C: protege contra a doença meningocócica causada pela Neisseria meningitidis sorogrupo C
- Pneumocócica 10: protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite causada por dez sorotipos do Streptococcus pneumoniae
Quais vacinas disponíveis na rede privada?
A rede privada oferece vacinas para os tipos A, B, C, W e Y. Geralmente, as vacinas são dadas de duas formas: uma vacina conjugada, que como o nome diz, cobre os tipos A, C, W e Y. E uma vacina para o tipo B.
O Ministério da Saúde diz que não há pedido de incorporação da vacina para a meningite B no SUS, mas o ministério já estuda a aquisição da ACWY.
Quando tomar a vacina?
- BCG (contra a meningite turberculosa): uma dose ao nascer
- Pentavalente (contra meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae B): doses aos dois, quatro e seis meses de vida
- Meningocócica C (contra meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis sorogrupo C): doses aos três e cinco meses, reforço com um ano. Adolescentes de 11 a 14 anos devem receber dose única como reforço.
- Pneumocócica 10 (contra meningite causada por dez sorotipos do Streptococcus pneumoniae): doses aos dois e quatro meses e reforço com um ano.
Fonte: G1
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