Foi-se o tempo em que a musculação era uma atividade física destinada apenas aos jovens. Hoje, a prática é amplamente indicada para pessoas na terceira idade, já que são eles quem mais precisam recuperar massa muscular, que depois dos 60 anos, cai acentuadamente.
— A musculação além de dar mais força, funcionalidade, autonomia e segurança para os idosos fazerem suas atividades diárias, também combate a osteoporose, diabetes, hipertensão e doenças neurológicas — afirma Rodrigo Lourenço, da RL Fitness.
Os benefícios da musculação a aposentada Celina Moreno Santos, de 63 anos, conhece bem. Em 2016, ela passava pelo tratamento de osteoporose quando recebeu de seu médico a recomendação de fazer este tipo de atividade. Apesar de no começo ter duvidado que a prática seria benéfica, agora a aposentada está mais que satisfeita com o resultado.
— Sentia muitas dores antes de fazer a musculação e precisava tomar remédios para aliviar os incômodos nos joelhos e na coluna. Poucos meses após o início dos treinamentos, eu deixei de tomar analgésicos pois já não sentia dor alguma. O meu médico já me liberou até da fisioterapia. Faço aulas três vezes na semana e não falto porque sei o quanto isto é importante para a minha qualidade de vida — diz Celina, que participa do Bio Master, treinamento específico para idosos da academia Bio Ritmo.
Antes de começar qualquer atividade (veja outras opções ao lado), o idoso precisa da liberação de seu médico. Depois, é preciso procurar por algum profissional de educação física para adequar a capacidade do idoso à prática escolhida.
— O ideal é que os exercícios sejam feitos no período da manhã, para aumentar a disposição do idoso e deixá-lo menos sonolento durante o resto do dia. Exercícios noturnos devem ser evitados, pois podem provocar insônia — orienta a geriatra Roberta França.
Além de fazer bem para a saúde física, os exercícios são ótimos para a socialização dos idosos, em uma fase da vida na qual a solidão é comum.
— Inserir um idoso em um grupo de pessoas como ele, no qual vão compartilhar de experiências semelhantes, como de um filho que mora longe. Às vezes, brinco que eles vão à academia encontrar o grupo e depois para treinar, e não o contrário. Quando fazem treinamentos em grupo, eles atingem a meta física mais rapidamente — avalia Carolina Santos, professora de educação física e coordenadora do programa Bio Master, da academia Bio Ritmo.
Celina conta que além de encontrar com os colegas na academia, eles organizam almoços e outros eventos para confraternizar a relação estabelecida nos treinamentos.
Apoio familiar
É um erro quando a família acredita que o idoso deve ficar dentro de casa após se aposentar. O apoio de filhos e netos para que a pessoa da terceira idade saia do sofá é o primeiro passo para o início de uma vida mais ativa. A aposentada Edna Pereira de Souza, de 71 anos, recebeu grande apoio do filho para iniciar as atividades de dança na Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati-Uerj).
— Comecei as atividades aos 60 anos, pela biodança, depois comecei a fazer dança cigana. Eu adoro dançar porque é uma forma de movimentar meu corpo e alimentar meus neurônios — conta Edna.
Fonte: Jornal Extra
Comentários
Postar um comentário