Pular para o conteúdo principal

'Superfungo' resistente a medicação se espalha rapidamente pelo mundo


Identificado pela primeira vez no ouvido de uma mulher japonesa em 2009, o Candida Auris é um fungo emergente de difícil diagnóstico que vem se espalhando pelo mundo. Ele é resistente a praticamente todos os medicamentos existentes e passou a ser classificado como um "superfungo". Sem uma análise especializada, ele pode ser confundido com vários outros tipos comuns.

Naturalmente, todo ser humano possuí a presença de fungos no corpo. Entretanto, o superfungo surge a partir do uso indiscriminado de antibióticos: sob a ação dos remédios, as bactérias vão morrendo e fazem com que os fungos acabem prosperando, surgindo as doenças fúngicas resistentes a antimicrobianos.

Em entrevista ao G1, o infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn, explica que o fácil contágio é uma de suas características mais preocupantes, podendo ser transmitida por diversos materiais hospitalares como estetoscópios, medidor de pressão, macas e termômetros.

“Além do fungo grudar em materiais hospitalares com facilidade, que favorece o contágio, existe uma dificuldade de sua retirada dos equipamentos. A limpeza acaba se tornando difícil, fruto de sua extrema aderência.”

Antes mesmo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgarem um alerta geral em 2016 sobre um novo fungo em países como Paquistão, Líbano, Israel, Espanha e Inglaterra, a Venezuela registrou os primeiros surtos na América Latina entre 2012 e 2013.

Desde então, vários países já confirmaram a presença do fungo em ambientes hospitalares, como Quênia, África do Sul, Kuwait e mais recentemente os Estados Unidos, que registrou 587 casos. Segundo o mapa do Centers For Disease Control and Prevention (CDC), atualizado fevereiro de 2019, já foram registrados casos em mais de 20 países. Não há casos registrados no Brasil.

Ainda segundo Gorinchteyn, apesar de ser uma questão de tempo até o Brasil vivenciar a presença do fungo, a Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH) realiza um importante trabalho de prevenção

“Pela proximidade com países como a Venezuela, onde existe a circulação do fungo, é uma questão de tempo para que nós o encontremos no nosso meio. (...) Felizmente nós temos a Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH) que ajuda identificar a presença de bactérias e até mesmo os fungos, fazendo o controle frequente, seja nos pacientes que são admitidos nos hospitais para a internação ou em pacientes de UTI”, disse o infectologista.

Fonte: Bem Estar

Comentários

Populares

UFF Responde: Sífilis

  Outubro é marcado pela campanha nacional Outubro Verde, que visa combater a sífilis e a sífilis congênita no território brasileiro. Segundo o Boletim Epidemiológico sobre a doença, divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que, entre 2021 e 2022, a taxa de detecção de casos de sífilis cresceu 23%, enquanto a detecção em gestantes aumentou 15%. O aumento dos casos gera preocupação entre os especialistas. Neste UFF Responde, convidamos a professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (ISC/UFF), Sandra Costa Fonseca, para esclarecer detalhes sobre a doença, meios de prevenção e de tratamento. O que é Sífilis? Como podemos identificar os sintomas? Sandra Costa Fonseca:   A sífilis é uma infecção sistêmica de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão é predominantemente sexual e em gestantes pode ocorrer a transmissão vertical para o feto (sífilis congênita). Quando não tratada, progride ao longo dos anos por vários estágios

UFF responde: Alzheimer

  Doença de causa desconhecida e incurável, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta, principalmente, idosos com mais de 65 anos. Identificada inicialmente pela perda de memória, pessoas acometidas pela doença têm, a partir do diagnóstico, uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos, segundo o  Ministério da Saúde  .  Em um  Relatório sobre Demência , a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo dessa doença, sendo mais de 60% dessas pessoas habitantes de países de baixa e média renda. A previsão é de que esse número ultrapasse mais de 130 milhões no ano de 2050. Outros dados apresentados na publicação indicam que a demência é a sétima maior causa de morte no mundo e que, em 2019, representou um custo global superior a 1 trilhão de dólares. Com o intuito de criar ações para o tratamento e a conscientização sobre a Doença de Alzheimer e de demências, em junho de 2024, foi instituída a  Política Nacional de Cui

Você sabia?

 

Janeiro Branco

 Saúde mental em foco aqui na Universidade com o Janeiro Branco. 💙 O movimento criado propositalmente no primeiro mês do ano amplia a perspectiva de discussão sobre saúde mental e reforça a necessidade de ações de prevenção, que estimulem a qualidade de vida de todos.  Aqui na UFF, diferentes ações institucionais corroboram com esse propósito. Confira: ▶ Projeto Gato em teto de zinco quente: voltado para as grandes dificuldades psíquicas apresentadas por estudantes e egressos da UFF, e, também, pelas crianças e jovens do COLUNI. Para marcação, ligar: 2629-2664 ou 998117129. Mais informações: subjetividadefeuff@gmail.com ▶ Projeto Saúde e Bem estar da UFF: disponibiliza escuta psicológica para servidores e estudantes. Saiba mais em (21) 96743-8502 ou sabegra.uff@gmail.com. Siga o perfil @sabegra.uff ▶ SPA da Escola de Psicologia: disponibiliza vagas para atendimento psicoterápico à comunidade de Niterói. Oferece também espaços de cuidado grupal com a Oficina Vivências Negras, somen

Normas Vancouver curiosidades

Normas Vancouver: dia de um manual muito explicativo Como referenciar e citar seguindo o estilo Vancouver. Elaborado pela professora Jeorgina Getil( Fiocruz), o manual é muito explicativo e vai te ajudar nos trabalhos acadêmicos. Este guia baseia-se nas recomendações das “Normas de Vancouver” - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group (www.icmje.org), documento adotado pela grande maioria das revistas científicas nacionais e internacionais da área. ( GENTIL, 208) Fonte: http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf