Uma pesquisa feita com pacientes do Hospital do Câncer, em São Paulo, comprovou que é altíssima a chance de cura quando o diagnóstico é feito no início da doença.
No Hospital do Câncer, em São Paulo, os médicos acompanharam a história de 897 pacientes por cinco anos. Analisaram quatro tipos de câncer no aparelho digestivo. E descobriram que quem identifica o tumor na fase mais inicial, normalmente em até seis meses, tem até 64% de chance de sobreviver pelo menos cinco anos, em casos de câncer no pâncreas. Quando o tumor é no fígado, a chance sobe pra 69%; no estômago, 90%; e no esôfago, 100%.
Sobrevida de cinco anos, pelos critérios médicos, e também pela experiência de Antônio, é o mesmo que a cura.
“Eu comecei a ter mal estar aí voltei no gastro e ele pediu pra fazer endoscopia e na endoscopia que detectou que eu tava com tumor maligno no estômago”, disse Antônio Torres, comerciante aposentado.
Agora, Antônio só vai ao hospital de seis em seis meses. Pra ter certeza de que está tudo bem.
Ao mesmo tempo em que mostra como são grandes as chances de cura pra quem começa o tratamento cedo, o estudo alerta que na maioria das vezes nós, brasileiros, demoramos demais pra procurar ajuda médica. Nos casos de câncer de pâncreas, por exemplo, 80% dos pacientes chegam aos hospitais quando já é tarde demais.
Nos tumores do aparelho digestivo, o emagrecimento rápido sempre preocupa. A história familiar conta muito e, frequentemente, os sintomas se confundem com outras doenças.
Os principais são amarelamento da pele, diabetes, barriga inchada, dor na barriga e até uma simples dor nas costas. Se o tumor é no esôfago pode começar com refluxo ou dificuldade pra engolir. E no estômago: com vômito, azia ou problemas de digestão.
“Existem alguns sinais de maior alerta, então a pessoa deve procurar imediatamente. Seriam vômitos com sangue, dor com emagrecimento importante ou doença que aparentemente é benigna, tratada, que não melhora com o tratamento orientado pelo seu médico inicialmente. Um grande problema que a gente tem também é automedicação”, afirmou Felipe Coimbra, coordenador do estudo.
Pois é, tomar remédios por conta própria pode aliviar as dores, mas também mascarar o câncer e atrasar o tratamento. É por isso, que, diante de qualquer sintoma persistente, é importantíssimo procurar um especialista.
Fonte : G1
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