Crianças e adolescentes com problemas de desenvolvimento da mandíbula
podem, a partir de hoje, contar gratuitamente com nova cirurgia de
alongamento ósseo. Oferecida pelo Instituto Nacional de Traumatologia e
Ortopedia Jamil Haddad (Into), a técnica é pioneira na rede pública do
Rio de Janeiro e estará disponível para pacientes de 5 a 15 anos através
do Sistema Único de Saúde (SUS).
O alongamento ósseo de mandíbula consiste na ruptura da arcada e
introdução — através de pinos — de um mecanismo denominado distractor.
Ele funciona como uma “manivela” responsável por abrir um espaço no osso. Para preenchê-lo, o organismo do paciente estimula a fabricação de mais tecido ósseo, alongando o maxilar em até 20 centímetros.
Chefe do Centro de Cirurgia Crâniomaxilofacial do Into, o médico Ricardo Cruz explica que, por ainda estarem em crescimento,
jovens nessa faixa etária costumam ter que fazer diversas cirurgias até
alcançar a maturidade óssea. “Com o uso do distractor, é possível
diminuir e até anular a necessidade de mais cirurgias faciais em
crianças e adolescentes”, afirmou Cruz.
É o que espera Daniela Santos, mãe de Marcos Roberto, de 13 anos,
portador de anquilose temporomandibular, doença rara resultante da fusão
de uma saliência da mandíbula com a base do crânio. Em tratamento desde
os 8 anos, já foi submetido a duas cirurgias e se submete hoje à
terceira, com a nova técnica.
Daniela acredita na recuperação total do filho e alerta para a falta de
divulgação sobre a cirurgia. “Soube do tratamento por um terceiro, não
imaginava que esse tipo de problema fosse tratado gratuitamente”, disse
ela.
Fonte : O Dia
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