O Ministério da Saúde vem avançando nas políticas para a melhoria do
diagnóstico e tratamento da sífilis congênita. Neste sentido, conseguiu
ampliar em 34% a notificação de casos de sífilis congênita, em menores
de 1 ano de idade, entre os anos 2010 a 2011. O aumento da notificação é
um dos destaques do Boletim Epidemiológico, que será lançado pelo
Ministério da Saúde para marcar o Dia Nacional de Combate à Sífilis,
instituído no terceiro sábado de outubro.
“A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, é uma doença de fácil prevenção, e o acesso precoce à testagem é essencial ao tratamento, não só para o recém-nascido, mas também para a gestante durante o pré-natal”, ressalta o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Segundo ele, o ideal é que todas as mulheres grávidas façam esse exame durante as consultas do pré-natal, ao longo da gravidez, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde.
“A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, é uma doença de fácil prevenção, e o acesso precoce à testagem é essencial ao tratamento, não só para o recém-nascido, mas também para a gestante durante o pré-natal”, ressalta o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Segundo ele, o ideal é que todas as mulheres grávidas façam esse exame durante as consultas do pré-natal, ao longo da gravidez, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde.
REDE CEGONHA - Para avançar no cumprimento do objetivo
de eliminar a doença enquanto problema de saúde pública até 2015, o
Ministério da Saúde conta também com a implantação da Rede Cegonha,
visando ampliar a oferta do teste rápido de sífilis no pré-natal. Uma
grande vantagem dessa estratégia é a possibilidade da gestante sair da
consulta de pré-natal já com o resultado do teste e, com seu tratamento
iniciado, caso necessário.
O número desses exames rápidos distribuídos até setembro de 2012 foi sete vezes maior do que todo o ano de 2011 – de 31,5 mil para 237 mil unidades. Com essa nova tecnologia, a gestante tem a oportunidade de saber se já teve contato com o agente causador da doença (Treponema pallidum), em apenas 30 minutos, durante a consulta de pré-natal.
Para que o tratamento da mãe seja efetivo e evite a transmissão ao
recém-nascido, o procedimento deve ser realizado até um mês antes do
parto. Se infectado pela sífilis, o recém-nascido deve ficar internado
por dez dias para receber a medicação adequada. O maior desafio para
interromper a cadeia de transmissão da sífilis congênita, segundo o
secretário, é tratar também o parceiro. “Os homens resistem mais em
cuidar da saúde, fato que acaba causando impacto na família. É que a
parceira pode ser reinfectada, mesmo que a mulher tome corretamente a
medicação,” explica Jarbas Barbosa.
O Estudo Sentinela Parturiente 2012 - Projeto de verificação da prevalência do HIV e sífilis em parturientes
-, do Ministério da Saúde, confirma: das mulheres que foram
identificadas com sífilis em 2011, durante o pré-natal, apenas 11,5%
tiveram seus parceiros tratados.
No ano de 2011, foram diagnosticados 9.374 casos de sífilis congênita,
com taxa de incidência de 3,3 casos para cada 1.000 nascidos vivos. A
região que apresenta a maior taxa de incidência de sífilis congênita é a
Nordeste, com 3,8 casos a cada 1 mil nascidos vivos, seguida da
Sudeste, cujo índice é de 3,6. O Centro-Oeste é o que tem o menor número
proporcional de recém-nascidos com a doença: 1,8.
No ranking dos estados, o Rio de Janeiro é o que tem a maior taxa de
sífilis congênita - 9,8 ocorrências da doença a cada 1 mil
recém-nascidos. O estado do Ceará é o segundo com (6,8) e Sergipe o
terceiro com (6,7). O local com menor taxa de sífilis em recém-nascidos é
o Piauí (0,8), entretanto, esse dado pode refletir a subnotificação.
O Dia Nacional de Combate à Sífilis foi criado pela Sociedade
Brasileira de DST em 2006, para mobilizar o poder público e a sociedade
para ações que visem eliminar a sífilis congênita. A data é sempre
lembrada no terceiro sábado de outubro, que neste ano ocorrerá no dia
20.
CAMPANHA – Reduzir o número de pessoas infectadas pela
sífilis e aumentar a testagem para detecção da doença são estratégias
da campanha nacional pelo diagnóstico prevista para entrar em circulação
em rádios e TVs a partir de novembro. A campanha, que tem o apoio do
Ministério da Saúde é uma iniciativa da Organização não Governamental
Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida.
O filme para TV incentiva a testagem e o spot para rádio
ressalta a importância da prevenção com o uso da camisinha. O material
apresenta também os principais sintomas da doença e informa sobre a
importância do diagnóstico precoce da sífilis. As peças serão veiculadas
por dois meses e voltadas ao público em geral, com foco em homens e
mulheres de 15 a 24 anos de idade. A expectativa é que a campanha atinja
25 milhões de pessoas.
Fonte : Portal da Saúde
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