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Cirurgia de câncer de mama no Huap tem espera reduzida

O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) da UFF conseguiu reduzir significativamente a fila de espera de cirurgia de mama. Até o mês de setembro deste ano, o Serviço de Mastologia realizou 114 cirurgias e foram feitas 1.652 consultas em pacientes em fase de diagnóstico, pré-operatório e pós-tratamento. Atualmente, são executados de dois a três procedimentos semanais. De acordo com o chefe do serviço, Amandio Henrique, isso foi possível devido aos esforços múltiplos que contribuíram para esse quadro positivo.
 
Segundo ele, o empenho da direção do Huap em disponibilizar leitos e a contratação em caráter emergencial de mastologistas e outros profissionais como anestesistas, enfermeiros, dentre outros, juntamente com a parceria da Prefeitura de Niterói, firmada em abril de 2012, colaborou para o sucesso das cirurgias. “Isso significa que a situação está controlada, porém o processo é dinâmico, pois possuímos uma demanda contínua da rede”, concluiu. 

A paciente encaminhada pela rede realiza a matrícula no Huap e, uma vez diagnosticada a doença, passa pelo pré-operatório, seguido da solicitação de risco cirúrgico em casos de indicação de cirurgia. Na existência de tumor localmente avançado, as pacientes são encaminhadas para o Serviço de Oncologia Clínica para iniciar tratamento quimioterápico. A paciente só é considerada em fila de espera para cirurgia após passar pelo risco cirúrgico. As pacientes cirúrgicas só retornam ao Ambulatório de Mastologia após serem liberadas no risco cirúrgico, sendo operadas no intervalo de uma a duas semanas. 

No início do ano, o Ministério Público Federal cobrou explicações do Huap devido à fila de espera que naquele momento tinha em torno de 40 pacientes aguardando a realização de cirurgias de mama. O hospital estava sem condições de atender à demanda da Região Metropolitana II, porque faltavam principalmente anestesistas que, posteriormente, foram contratados por meio de processo seletivo simplificado. 

O câncer de mama é o tumor de maior incidência no sexo feminino. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) foram identificados nove mil novos casos no Estado do Rio de Janeiro, em 2012. Por ser um tratamento multidisciplinar, é de extrema importância o envolvimento de profissionais de cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia, fisioterapia, psicologia e cuidados paliativos.

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