Casos de câncer na família são cada vez mais comuns. Cerca de 15% dessa
doença costuma ter origem viral, como tumores de cabeça e pescoço, colo
do útero, canal anal, vagina, pênis, fígado e sistema linfático
(linfomas).
Na região Norte do país, por exemplo, a causa mais comum de morte por
câncer altualmente é no colo do útero. E muitas vezes o problema é
provocado pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido
principalmente por relações sexuais sem camisinha.
Além da proteção com o preservativo, existe vacina contra o HPV –
apenas na rede privada, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não
oferece as doses. Segundo o ginecologista José Bento, existem dois tipos
de vacina: a bivalente (contra os vírus 16 e 18) e quadrivalente (6,
11, 16 e 18). A primeira custa R$ 1.000 e a segunda, R$ 1.200, e ambas
são aplicadas em três doses.
Em todo o mundo, estima-se que 600 milhões de pessoas estejam
contaminadas pelo HPV. Cerca de 10 milhões já têm uma lesão
pré-cancerígena, e entre 2 e 3 milhões foram diagnosticadas com câncer
do colo do útero.
Manter uma vida saudável também ajuda a prevenir o câncer. De acordo
com o oncologista Paulo Hoff, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo,
não fumar, evitar uma alimentação rica em gorduras e apostar nas fibras,
e manter uma rotina de exercícios físicos são fatores que contribuem
para ficar livre da doença.
Hoff também explicou que 1% dos brasileiros tem hepatite B e 1,5%,
hepatite C. Essas doenças podem causar danos sérios ao fígado, como
cirrose, câncer e insuficiência hepática, além de diabetes. O tipo B é
mais facilmente transmitido por via sexual, enquanto o C, por objetos
cortantes que coloquem o organismo em contato com sangue.
Contra o vírus do tipo B, existe vacina no SUS para pessoas até 29
anos. São três doses: a segunda 30 dias após a primeira, e a terceira
depois de seis meses da primeira. A imunização vale por dez anos.
Os principais grupos que precisam se vacinar são: recém-nascidos,
usuários de drogas injetáveis, profissionais da saúde, doadores de
órgãos sólidos e medula óssea, policiais, bombeiros, manicures,
podólogos, portadores de HIV, vítimas de abuso sexual e indígenas.
Já para o tipo C não há imunização, mas, como o vírus é transmitido
principalmente pelo contato com sangue, é importante não compartilhar
seringas nem objetos cortantes, como barbeador e lâminas. Escovas de
dentes também podem ser um risco, pela fricção da gengiva. Além disso, é
fundamental usar sempre objetos de manicure, tatuagem e piercing
descartáveis ou esterilizados.
Entre os sintomas da hepatite B, que se parecem com os da hepatite A,
estão: náusea, vômito, mal-estar, febre, fadiga, perda de apetite, dores
abdominais, urina escura, fezes claras e icterícia (cor amarelada na
pele).
A hepatite aguda pode passar despercebida, porque ou é assintomática,
ou os sintomas não chamam atenção. Em menos de 5% dos casos, o vírus da
hepatite B persiste no organismo e a doença se torna crônica. Apesar do
índice baixo, o problema não tem cura, apenas tratamento.
No caso da hepatite C, o vírus costuma ser menos agressivo que o B, mas
em 85% dos casos evolui para o tipo crônico e é a maior causa de
transplantes de fígado no mundo.
Fonte : G1
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