Responsável por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil, o tabagismo é
reconhecido, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma doença
epidêmica. A dependência da nicotina faz com que os fumantes se exponham
continuamente a mais de quatro mil substâncias tóxicas, fator de risco
para aproximadamente 50 doenças, principalmente as respiratórias e
cardiovasculares, além de vários tipos de câncer. Atento a este cenário,
o Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer
(Inca), oferece ampla assistência a quem quer parar de fumar, desde o
acompanhamento do paciente por profissionais de saúde até a oferta de
medicamentos – entre adesivos, pastilhas, gomas de mascar e o
antidepressivo bupropiona.
A ações previstas no Sistema Único de Saúde para estimular os fumantes a
vencerem a dependência estão inseridas no Programa Nacional de Controle
do Tabagismo (PNTC). Só nos últimos dois anos (2010 e 2011), 242,4 mil
pacientes foram atendidos em unidades credenciadas ao PNTC. Desse total,
estima-se que quase metade – 115,5 mil pessoas – deixou de ser fumante.
“Para ter acesso ao tratamento, basta estar decidido a parar de fumar e
procurar uma unidade de atendimento credenciada”, orienta o diretor de
Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do
Nascimento.
Atualmente, o SUS conta com cerca de 2,3 mil unidades credenciadas para
o tratamento do tabagismo em mais de mil municípios nos 26 estados e no
Distrito Federal. A relação destas unidades pode ser obtida junto às
secretarias municipais de saúde.
ATENDIMENTO – “Ao procurar apoio para deixar de fumar,
o paciente realiza exames e passa por uma avaliação clínica, onde o
profissional identifica qual a relação do fumante com o cigarro e traça
um plano terapêutico para ele”, explica José Miguel do Nascimento. O
tratamento é realizado por meio de consultas individuais ou sessões em
grupo para a prevenção a uma possível recaída.
Caso haja indicação, são prescritos medicamentos com o objetivo de
reduzir os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina. “O objetivo é
fazer com que a pessoa reflita sobre os benefícios de uma vida sem
cigarro e se mantenha firme na decisão”, completa o diretor de
Assistência Farmacêutica.
Pesquisas mostram que, todo ano, cerca de 80% dos fumantes desejam
parar de fumar; porém, apenas 3% deles conseguem. “O que comprova que o
acompanhamento profissional e a conscientização sobre a importância de
se manter o tratamento são essenciais para o alcance da meta”, destaca
Nascimento.
MEDICAMENTOS – A adesão ao Programa Nacional de
Controle do Tabagismo depende do interesse das secretarias municipais de
saúde. O governo federal é responsável pela compra e distribuição dos
medicamentos às secretarias de saúde.
Os quantitativos de produtos que são enviados aos estados e,
posteriormente, aos municípios são definidos pelo Inca. Por ano, o
Ministério da Saúde investe cerca de R$ 22,5 milhões na aquisição de
medicamentos para o tratamento do tabagismo pelo SUS.
Fonte : Portal da Saúde
Comentários
Postar um comentário