Pesquisadores da Universidade McGill e do Instituto Universitário Douglas de Saúde Mental, ambos no Canadá, apontam em um estudo que a variação de um gene específico pode estar vinculada a um maior risco de aparecimento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH ou ADHD, na sigla em inglês) em crianças e à propensão para o consumo de cigarro em adultos.
Os cientistas afirmam que a pesquisa, publicada nesta segunda-feira (29) no "British Medical Journal", deve ser vista como "evidência preliminar" e que ainda precisa ser aprofundada. A hiperatividade infantil e o tabagismo na vida adulta frequentemente andam em conjunto, de acordo com o estudo. Fatores genéticos, no entanto, ainda não haviam sido verificados.
Para chegar ao resultado, os cientistas estudaram 454 crianças entre 6 e 12 anos com quadro de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade confirmado e que estão em tratamento. Eles colheram amostras de sangue das crianças, dos pais e irmãos para checar se havia variações de DNA transmitidas ou não por hereditariedade.
Foram estudadas cinco variações em sequências de DNA de diferentes genes que estão associadas ao hábito de fumar. Só uma das variações foi encontrada mais facilmente em crianças com TDAH, de acordo com os cientistas.
"A conclusão é que o alelo pode estar aumentando o risco de TDAH e do tabagismo por um mecanismo comum, possivelmente externalizando comportamentos e déficits cognitivos específicos que se manifestam na infância e que são o caminho para o hábito do fumo mais tarde na vida", dizem os pesquisadores no estudo.
Fonte : G1
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